As dúvidas que envolvem a morte do estudante Eduardo Vinícius Fösch dos Santos, 17 anos, estão perto de serem esclarecidas, após 18 meses de mistério.
A partir da coleta de depoimentos e análise de documentos, a promotora de Justiça Sônia Eleni Corrêa Mench acredita ter identificado um suspeito de ter assassinado o adolescente em uma suposta briga.
Em abril de 2013, o estudante desapareceu durante festa em que participava entre adolescentes em um condomínio de luxo, na zona sul da Capital. Na manhã seguinte, Eduardo foi encontrado agonizando, com lesões na cabeça, no pátio de uma casa vizinha, seis metros mais baixo em relação ao terreno da residência onde ocorria a festa. Oito dias depois, morreu no Hospital de Pronto Socorro (HPS). A Polícia Civil tratou o caso como uma queda acidental, mas o Ministério Público (MP) acredita que o adolescente foi vítima de um homicídio.
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- A cada dia que passa me convenço mais de que se trata de assassinato - afirma Sônia, que atua junto à 2ª Vara do Júri da Capital.
A promotora evita revelar nome e detalhes do que apurou para não atrapalhar o trabalho. Garante que a investigação está evoluindo e ter fortes indícios de que o estudante foi agredido depois de sair do salão da festa em direção aos fundos da moradia, supostamente para urinar. Eduardo foi encontrado caído de costas com lesão na nuca. Mas também apresentava ferimento na testa, aparentemente causado por uma agressão antes da queda, e no dorso da mão direita, como se tivesse desferido socos.
Até o momento, prestaram depoimento ao MP vigilantes do condomínio, seguranças contratados para a festa e um grupo de convidados. Outros ainda serão ouvidos. A promotora procura provas técnicas de que Eduardo foi vítima de agressão. Uma das buscas conta com ajuda de um médico legista. Sônia aguarda para a próxima semana cópias de exames tomográficos realizados no estudante quando ele deu entrada no HPS.
- Precisamos saber a origem das lesões. Infelizmente, não houve perícia, e o laudo da necropsia não tem maiores informações porque é posterior a cirurgias e a retirada de órgãos da vítima - afirma.
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