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As condições de vida melhoraram na Região Metropolitana de Porto Alegre entre os anos de 2000 e 2010, mas isso não evitou que os gaúchos perdessem posições, nesse período, em um ranking de 16 áreas metropolitanas do país calculado pelo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).
Os resultados fazem parte do Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, lançado em Brasília nesta terça-feira em uma parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP).
O IDHM é um índice que afere a qualidade de vida em municípios, bairros e outras áreas combinando indicadores de longevidade, educação e renda. Ele é expresso por um número que varia de zero a um. Quanto mais próximo de um, melhor. Em 2000, as 34 cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre ocupavam a quarta posição entre as 16 zonas analisadas, atrás de São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro, com um IDHM de 0,685.
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O indicador subiu para 0,762, demonstrando uma melhoria nas condições para se viver. Porém, como outras regiões registraram avanços ainda mais expressivos, os gaúchos caíram para a nona posição no levantamento que toma por base as informações do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A educação é o fator que mais prejudica o desempenho da Capital e seu entorno - essa é a única dimensão em que os gaúchos aparecem entre os cinco piores do ranking. É o quarto índice mais baixo da lista. Para ser calculado, leva em consideração o nível de escolaridade da população adulta e a proporção de estudantes na série adequada para a idade.
O melhor desempenho, na comparação com as outras regiões metropolitanas, fica com o item longevidade: a área de Porto Alegre ostenta o segundo maior índice nesse quesito, atrás apenas de São Paulo. Porém, no ano 2000, a Capital liderava nesse critério. Em relação à renda, os gaúchos ficam hoje na quarta posição.
Como resultado dessa combinação de desempenhos, em 2010 Porto Alegre foi ultrapassada pelas zonas metropolitanas de Cuiabá, Goiânia, Vitória, Distrito Federal e Belo Horizonte.
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A boa notícia é que as Unidades de Desenvolvimento Humano (áreas geográficas selecionadas pelo estudo, geralmente partes de bairros) analisadas no Rio Grande do Sul reduziram as desigualdades entre si. As zonas consideradas de "muito baixo desenvolvimento humano", que somavam 7% das áreas em 2000, deixaram de existir uma década depois.