A última pessoa com mandado de prisão expedido durante a Operação Ave de Rapina, o empresário Adriano Nunes, foi preso no início da noite desta sexta-feira. Ele estava no exterior e foi o único que acabou não sendo preso no mesmo dia em que as ações foram deflagradas na quarta-feira. Agora está sob custódia da Polícia Federal.
Leia mais:
:: Entenda o esquema de corrupção apontado pela Polícia Federal
:: Leia todas as notícias sobre a Operação Ave de Rapina
Durante a coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira, o delegado Allan Dias confirmou que a PF estava em contato com o advogado de Nunes para que ele se entregasse. Ele é acusado no mesmo eixo das investigações que o vereador Marco Aurélio Espíndola (PSD), o Badeko.
A polícia interceptou diálogos entre o parlamentar e o empresário Adriano Nunes, considerado pela PF como o "braço direito" do vereador. De acordo com a investigação, o vereador e o empresário teriam tentado coagir um empresário para que este pagasse propina em troca de mudanças no projeto de Lei Cidade Limpa.
Uma reportagem da RBS TV revelou trechos de uma gravação telefônica feita pelo próprio empresário que estaria sendo coagido e que foi a testemunha que forneceu informações para o início da investigação.
Foto: Reprodução RBS TV
Procurado, o advogado de Nunes disse que ele não tinha envolvimento com essas denúncias apresentadas pela Polícia Federal e que buscaria provar isso na Justiça.
:: Dois presos transferidos do Rio Grande do Sul
Décio Stangherkin, vulgo Marinho, diretor da Kopp, e Fabiano Barreto, também executivo na mesma empresa, foram transferidos para Santa Catarina nesta sexta-feira. Eles estavam presos no Rio Grande do Sul, onde residem.
A empresa especializada em radares, Kopp, tem sede naquele Estado e é também onde os dois, ao lado do presidente da empresa, Eliseu Kop, foram presos pela Polícia Federal quando deflagrada a Operação Ave de Rapina.
A justificativa para a transferência dos dois é a de que o mandados de prisão foram expedidos por uma comarca de Santa Catarina. O presidente da empresa, no entanto, não foi transferido com os outros dois que chegam agora ao Estado. Estão neste momento presos na central de triagem no Complexo Penitenciário da Agronômica, em Florianópolis, mesmo local em que se encontram 14 dos outros detidos.
* Colaborou Luis Antônio Hangai