
Apesar de não concluir a desativação do Presídio Central, o secretário estadual de Segurança Pública, Airton Michels, afirma que deixa o cargo satisfeito por ter encaminhado o processo. A seguir, a entrevista a ZH.
O senhor renovou o compromisso de desativar o Presídio Central até o fim deste ano várias vezes, mas isso não será possível. O que faltou?
O que não será possível cumprir é a data de realização. O compromisso era com a possibilidade de desativar o Central, e isso está mantido. Das 2,8 mil vagas que estamos gerando em Canoas, 393 estão prontas e só dependem da contratação do pessoal, o que deve acontecer nos próximos dias. Tomamos todas as providências, realizamos concurso para agentes penitenciários, a obra está em andamento, com recurso alocado.
O senhor deixa o cargo no dia 31 com a sensação de dever cumprido?
Me sinto absolutamente satisfeito. Não terei a satisfação de inaugurar, como previa, mas não importa. Isso não é para mim, é para a sociedade. A obra está aí. Então, a tarefa foi cumprida.
O que falta no complexo prisional de Canoas?
A construtora mostrou que precisava paralisar a obra em função da chuva. Tivemos de fazer um aditivo com a empresa, que pediu mais 60 dias. A obra está 80% concluída e deve ser entregue na segunda quinzena de dezembro.
Há agentes penitenciários suficientes para ativar o complexo de Canoas?
Com certeza. Com esses 620 novos agentes, temos número absolutamente suficiente para ativar todo o complexo, assim como a Penitenciária de Venâncio Aires.