Prefeito de Canoas, Jairo Jorge, e Marcus Coester (Grupo Coester) assinaram o contrato nesta sexta-feira
Foto: André Mags

Nas três linhas de aeromóvel que a prefeitura de Canoas pretende implantar na cidade a partir de 2016, 15 veículos funcionarão ao longo de 14 quilômetros e 25 estações. Será o maior pulo da tecnologia criada pelo engenheiro gaúcho Oskar Coester desde a criação da antiga linha do Gasômetro, em Porto Alegre, que nunca operou comercialmente, na década de 1980.
- Tiramos do papel aquilo que se dizia que era uma lenda urbana - afirmou o presidente da Trensurb, Humberto Casper.
O prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PT), e o representante do grupo Coester, Marcus Coester, assinaram na manhã desta sexta-feira contrato para estudo das linhas 2 e 3 do aeromóvel de Canoas. O valor do acordo é de R$ 9 milhões, oriundos do governo federal. O Regime Diferenciado de Contratação (formato mais ágil do que a licitação comum) da linha 1 deve ser concretizado no início de 2015, e a previsão é de que as obras comecem no final do primeiro semestre do ano que vem, com duração de um ano e meio. O custo total das três linhas pode chegar a R$ 800 milhões.
A assinatura do contrato comemorou também a marca de 1 milhão de passageiros transportados na linha do aeromóvel que liga o Aeroporto Internacional Salgado Filho à Estação Aeroporto da Trensurb. O evento ocorreu na Estação Salgado Filho do aeromóvel, junto ao Terminal 1 do aeroporto, em meio aos passageiros que embarcavam e desembarcavam do veículo.
Os veículos de Canoas terão a mesma capacidade do aeromóvel maior que opera no aeroporto, de 300 passageiros. Mas serão mais largos. A linha 1, entre a Estação Mathias Velho da Trensurb e a Avenida 17 de Abril, no bairro Guajuviras, terá seis quilômetros. A dois, 4,8 quilômetros, ligando a Estação Mathias Velho da Trensurb ao final da Rua Rio Grande do Sul, no mesmo bairro. E a três, três quilômetros entre o entroncamento das avenidas Farroupilha e Boqueirão, no bairro Igara, à Praça do Avião, no Centro.
Será um novo desafio para a Aeromóvel do Brasil S.A. e o Grupo Coester. Mais próximo do transporte de massa, a tecnologia trará vantagens para quem depende dos ônibus em Canoas. Na linha 1, espera-se que o trajeto seja cumprido em 12 minutos, muito mais rapidamente do que com os ônibus, que em horários de pico chegam a demorar entre uma hora e uma hora e meia para ligar o Guajuviras ao Mathias Velho.
- Entendemos que o aeromóvel deve ser uma alternativa de transporte de massa, conectado com ônibus, metrô e outros modais. É um transporte não poluente e que não afeta a mobilidade urbana já existente. Vamos mostrar aos descrentes e céticos que é uma tecnologia inovadora - afirmou Jairo Jorge.
