Com a estrutura do Corpo de Bombeiros, de aeromédicos e da Brigada Militar, cerca de 30 homens participaram do resgate dos corpos dos dois homens mortos em rapel na localidade de Barra do Ouro, em Maquiné, no Litoral Norte. A operação demorou quase 12 horas, mas foi bem sucedida.
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A retirada dos corpos do local onde ocorreram as mortes, por conta da mata fechada, deu trabalho para a corporação. Uma equipe se deslocou de helicóptero, e outra por solo. Os primeiros deslocamentos começaram por volta das 5h desta segunda-feira. Às 11h, a remoção efetiva, com a entrada dos helicópteros na mata, teve início.
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No caminho pelo solo, muito barro, pedras e aclives. Para a remoção, foram necessários motosserras, roupas de apicultor, acessórios de rapel e escalada - sem falar na coragem.
- É uma operação de alto risco. Realizamos treinos técnicos e muito adestramento para encarar situações como essa - disse o major Roberto do Canto Wilkoszynski, comandante do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) da Brigada Militar, que comandou a ação.
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O trabalho de remoção foi dificultado pela ausência de sinal de telefone e internet. A comunicação entre as equipes de salvamento foi feita por radiotransmissão. Antes de iniciar o salvamento, os policiais fizeram um sobrevoo na área para analisar as condições do tempo e mapear o local. A demora deixou familiares impacientes.
Na chegada, o oficial que trouxe o primeiro dos corpos no ar, pendurado em uma corda, mostrou-se comovido.
GALERIA: início dos trabalhos de resgate dos corpos
O acidente
O acidente aconteceu quando o grupo descia uma cascata de 130 metros de altura e as abelhas atacaram, por volta das 15h deste sábado. Na tentativa de fugir do enxame, um deles teria cortado a corda do equipamento e o outro fez uma descida brusca e não acionou os freios. Os demais conseguiram descer, mas também ficaram feridos. Morreram Jean Carlos Machado Lopes, 41 anos, e Ronei Marcelino Pinto, 48.
Dentre os cinco sobreviventes, Maicon Silva da Silva, 31 anos, e Luciano de Souza caminharam por 15 horas no mato para pedir resgate. Os outros três sobreviventes, identificados como Flavio Rodrigo da Rosa Lopes, 37 anos, João Batista Moreira Dias, 42, e Roberto Schuster, médico de 73 anos que liderava o grupo, ficaram no local aguardando o resgate, que chegou por volta do meio-dia de domingo. Até as 6h30min desta segunda apenas Schuster permanecia internado no Hospital de Tramandaí.
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Oficial explica como foi o resgate:
