Léo Gerchmann
Na Venezuela, o governo vê seu capital político se dilacerar com a repressão a manifestações públicas, ocupações de supermercados sob pretexto de que empresários boicotam e especulam e prisões de opositores acusados de golpismo.
Na Argentina, a morte misteriosa do procurador Alberto Nisman quando iria denunciar no Congresso o suposto acobertamento do governo a terroristas iranianos respinga na Casa Rosada. A Constituição venezuelana prevê um instituto chamado "referendo revogatório", capaz de apear o presidente do cargo pelas vias legais.
O calendário eleitoral argentino marca eleições presidenciais para outubro sem que haja um claro candidato oficial. São situações incômodas que tornam nebuloso o futuro das instituições desses países vizinhos.