
Um crime ocorrido na madrugada de nesta terça-feira chocou os moradores de Bagé, na fronteira oeste do Estado. Uma mãe matou asfixiada a filha de 5 anos e tentou ocultar o corpo em matagal próximo de casa. Em depoimento à polícia, Michele Silva Rodrigues confessou e alegou ter cometido o assassinato porque a menina "atrapalhava" o relacionamento dela com o companheiro, padrasto da vítima.
A morte de Mirella Silva Rodrigues foi descoberta a partir de uma ocorrência de desaparecimento registrada pela própria mãe por volta das 5h desta terça-feira, horas depois do crime. Michele morava com Mirella, o companheiro e um bebê, filho do casal, na Agrovila, um loteamento de residências criado para abrigar agricultores familiares, localizado junto ao Parque do Gaúcho.
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Na Polícia, a mãe contou que estava dormindo em casa com os filhos e, quando acordou, a menina havia desaparecido. Na noite anterior ao crime, a família teria jantado na residência de um familiar e retornado para casa por volta de 1h30min. Logo depois, o companheiro teria ido dormir para a casa da mãe dele. A saída do homem teria sido o estopim para que Michele decidisse assassinar a filha.
Por volta das 7h, quando o companheiro retornou para casa, a polícia e vizinhos faziam buscas nas proximidades e o corpo da criança foi encontrado em um matagal a menos de 100m da residência.
Interrogada pela polícia, Michele confessou ter asfixiado Mirella com um saco plástico e uma bermuda, que foram encontrados em um contêiner de lixo próximo do local. Depois, jogou o corpo da criança no mato.
- Ela disse que a criança era hiperativa, não a respeitava e atrapalhava o relacionamento dela com o companheiro. Ela considerava a menina um estorvo na vida dela - afirmou o delegado Luis Eduardo Sandim Benites.
Dias antes do crime, o Conselho Tutelar do município recebeu denúncias de maus-tratos à menina que seriam praticados pela mãe, mas não identificou indícios que confirmassem a suspeita. Conforme o depoimento da mulher à polícia, a criança teria distúrbios psiquiátricos e, inclusive, fazia tratamento com medicamentos.
Segundo a polícia, tanto Michele quanto o companheiro tem antecedentes por pequenos furtos, mas não indícios de que os dois tenham sido parceiros no crime. A mãe teve a prisão preventiva decretada e foi recolhida ao Presídio Regional de Bagé. O bebê está sob cuidados da avó paterna.
*Rádio Gaúcha e Zero Hora