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O primeiro dos dois helicópteros modelo Koala adquiridos pelo governo estadual para aprimorar o atendimento aeromédico no Estado - alvo de polêmica devido à incerteza sobre a continuidade do serviço - já se encontra em Porto Alegre. A aeronave chegou no final da tarde de terça-feira e está parada no hangar da Brigada Militar localizado no Aeroporto Internacional Salgado Filho.
Segundo o major Carlos Franck, do Batalhão Aéreo da BM, o helicóptero veio voando dos Estados Unidos (realizando paradas para reabastecimento), mas não deverá estar em condições de operação no país em menos de um mês. Esse é o prazo médio necessário para regularizar a documentação do aparelho, o que inclui substituir o prefixo estrangeiro com que saiu dos EUA por outro nacional.
- Depois disso, estará em condições de voo - afirma Franck.
Secretaria da Saúde diz que atendimento aeromédico não vai acabar
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As duas aeronaves foram adquiridas pelo governo anterior a um preço de R$ 26,8 milhões, e acabaram envolvidas em polêmica. O novo secretário estadual da Saúde, João Gabbardo, chegou a afirmar que o serviço aeromédico era "totalmente dispensável", podendo ser substituído pelo transporte terreste dos pacientes. Em seguida, afirmou ter sido "mal interpretado" e que estava se referindo especificamente à equipe de 15 profissionais contratados por meio da prefeitura de Imbé que vêm prestando esse serviço com verba repassada pelo Estado. Esse modelo de atendimento está sendo revisado pelo Piratini.
Gabbardo afirmou anteriormente que a utilização dos novos helicópteros ainda é "incerta". Tramita no Tribunal de Contas do Estado (TCE) um procedimento para averiguar a legalidade da licitação - cuja compra chegou a ser suspensa e posteriormente liberada pela Justiça.
Houve suspeita de direcionamento da licitação e dúvidas sobre a utilização dos aparelhos - como foram comprados com recurso da saúde, poderiam atuar somente nesta área. Porém, o edital previa seu uso para atividades diversas como combate a incêndio, patrulhamento e outros. O caso ainda será julgado no TCE.
Até o final da tarde de quarta-feira, segundo a assessoria de imprensa, a Secretaria Estadual da Saúde desconhecia a chegada do helicóptero à Capital.