A família de Doraci Shumann Grans, 67 anos, que morreu atropelada na noite desta quinta na BR-116, em Vila Cristina, em Caxias, aguarda a liberação do corpo da idosa no IML para iniciar o velório na Capela Mortuária de Nova Palmira.
Doraci foi atropelada por um motorista de um Pegeut 307 no km 173,9. Ela saía de um bar no outro lado da estrada e atravessava a rodovia em direção a uma parada de ônibus em frente ao acesso à Linha Sebastopol. De acordo com a ocorrência, o motorista alegou que a idosa parecia procurar algo no meio da pista.
A família diz que ela costumava visitar a cunhada, dona do estabelecimento. Algumas vezes, era levada pelo filho de carro, em outras, ia a pé.
- Ela sempre dizia para os netos cuidarem com a estrada. Ela também era muito cuidadosa. Não sei como aconteceu isso - lembra o filho Alexandre Grans, de 39 anos.
Esta é a terceira tragédia que abate a família. O marido da idosa morreu em um tombamento de um caminhão há 21 anos. Dois anos depois, foi um dos filhos, na época com 15 anos, morrer por um problema no coração.
A idosa deixa dois filhos, Alexandre e Simone, 37, e três netos. Dois deles, filhos de Alexandre, dormiam toda noite com a avó enquanto os pais trabalhavam. Doraci estava ansiosa pela chegada do dia 8 de abril, quando nasceria a primeira neta, filha de Simone.
- Ela estava muito feliz, contando os dias para a chegada da menina - diz Alexandre.
A mulher estava aposentava há quatro anos. Nos últimos 15, atuava como merendeira do Colégio Renato Del Mese. Doraci era de Nova Petrópolis e morava em Vila Cristina há mais de 40 anos.