O ex-vice-governador e ex-deputado federal Otávio Germano morreu na manhã deste domingo, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. Ele estava em coma, internado na Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre, desde 10 de janeiro, quando sofreu uma hemorragia durante um procedimento médico. Tinha 90 anos.
Filho de imigrantes sírios, nasceu em Cachoeira do Sul e se formou em Direito. Germano começou sua trajetória política na década de 1950. Foi eleito suplente de vereador e logo assumiu a titularidade e a liderança do PSD. Tornou-se deputado estadual, sendo eleito e reeleito presidente da Assembleia Legislativa. Antes de se tornar vice-governador na gestão de José Augusto Amaral de Souza (1979 a 1983), foi secretário de Interior e Justiça e de Obras Públicas. Após, ainda seria presidência da Caixa Econômica Estadual, até 1986, e da central elétrica de Furnas, no governo Itamar Franco.
Otávio Germano se aposentou dos cargos públicos, mas continuou ativo. Era um dos participantes mais assíduos das reuniões do diretório estadual do PP, onde seguia visto como referência: era "o primeiro a chegar", como lembra o presidente do partido, Celso Bernardi.
- Ele era, seguramente, um dos líderes políticos mais destacados do Estado. Tinha espírito conciliador e era um homem de fino trato: fazia política com elegância - diz Bernardi.
Gremista apaixonado, era casado havia mais de 50 anos com Ivone e teve três filhos, que se espelharam no pai ao buscar as carreiras no Direito ou na política - José Otávio Germano é deputado federal, Maria Lucia é juíza e Luiz Paulo, advogado e professor universitário.
- Ele era um homem muito carismático. Tinha bom humor, mas palavra firme. Era também muito atencioso com a família - lembra Luiz Paulo.
Germano deixa ainda sete netos.
O velório começaria neste domingo, na capela B do Cemitério São Miguel e Almas. O sepultamento está previsto para as 11h de segunda-feira.
