Geral

Três anos depois

Suécia propõe interrogatório de Assange em Londres

Alguns crimes que o fundador do WikiLeaks é acusado prescrevem em agosto de 2015

FABRICE COFFRINI / AFP FILES
Assange está recluso na embaixada do Equador em Londres desde 2012

A justiça suéca anunciou, nesta sexta-feira, que irá propor que Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, seja interrogado em Londres sobre o caso de duas acusações de estupro.

- A promotora Marianne Ny enviou um requerimento aos advogados de Julian Assange para saber se ele aceitaria depor em Londres e passar por um exame de DNA - afirma um comunicado do governo suéco.

Assange pede à Suprema Corte sueca que suspenda ordem de prisão contra ele
EUA consideram improvável processar Assange por publicar documentos
Caso Assange: legislação sueca para crimes sexuais é pouco clara

Assange está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 2012 para evitar ser extraditado para Suécia. A Suécia investiga duas acusações de estupro contra ele, mas a defesa do fundador do WikiLeaks teme que ele seja extraditado para os Estados Unidos por seu papel no vazamento de 250 mil documentos diplomáticos americanos e 500 mil notas militares secretas.

O anúncio representa uma mudança da justiça sueca, que até o momento era contrária às demandas de Assange de prestar depoimento em Londres. A promotoria afirmou que mudou de posição porque vários fatos atribuídos a Assange prescreverão em agosto de 2015, em menos de seis meses.

- Minha posição é que as condições para tomar o depoimento na embaixada de Londres são tais que a qualidade da audiência teria carências. Por isto, deve estar presente na Suécia para um eventual julgamento. Esta posição continua sendo a mesma, mas agora começa a faltar tempo e, por consequência, tenho que aceitar uma perda de qualidade na investigação - disse Ny.

O advogado de Assange, Per Samuelsson, afirmou ao jornal Aftonbladet que a possibilidade de prestar depoimento em Londres é um primeiro passo para demonstrar a inocência do cliente.

- É algo que pedimos há quatro anos. É o caminho a seguir para que seja declarado inocente - disse o advogado.

Samuelsson disse ainda que o fundador do WikiLeaks aceitará a proposta de interrogatório por magistrados suecos na embaixada do Equador em Londres.

*AFP

GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais
RBS BRAND STUDIO

Galpão da Gaúcha

08:00 - 09:30