
A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu aplicar censura ética ao ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, pela compra da Refinaria de Pasadena (EUA). A apuração objetivava analisar a "sonegação de dados relevantes" ao conselho de administração da empresa, durante a aquisição da refinaria.
Sobre o processo que foi aberto para apurar a conduta ética do ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Thomas Traumman, devido ao vazamento de informações contidas em um documento interno do Palácio do Planalto, o colegiado decidiu solicitar esclarecimentos à Secom sobre "procedimentos internos questionados na denúncia".
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A censura ética foi aplicada porque Cerveró já não é mais funcionário da estatal, mas a deliberação cria um constrangimento para que ele volte a ocupar cargos públicos.
- Não tenho a menor dúvida de que é uma mancha no currículo para o resto da vida. Se ele fosse, por exemplo, bacharel em Direito, já não poderia ir para o Supremo Tribunal Federal, porque não teria a reputação ilibada - disse o presidente da comissão, Américo Lacombe.
De acordo com Lacombe, o ex-ministro Thomas Traumann já prestou esclarecimentos sobre o processo aberto no caso da Secom.
- Ele encaminhou uma parte, mas pedimos mais que aquilo. Achamos que era insuficiente, mas temos que respeitar o princípio da ampla defesa. Ele fez algumas afirmações lá, e queremos a confirmação da Secom - informou Lacombe.
Ainda segundo o presidente, foi analisado e aceito o currículo de um novo nome para compor a Comissão de Ética. Lacombe evitou revelar, mas disse que a pessoa já aceitou o convite. Com isso, o colegiado vai contar com a composição completa, de sete integrantes.
*Agência Brasil