A Polícia Civil ouvirá na próxima semana o motorista envolvido no atropelamento e morte da estudante Ariele Simon Fures, 13 anos, em Caxias do Sul. O acidente aconteceu na manhã de 25 de março, na Rua Júlio Calegari, no bairro Esplanada. Ariele sofreu graves ferimentos e foi internada no Hospital Geral (HG), onde morreu no dia seguinte.
Pais da estudantes, Mário e Ariane Fures também serão chamados para depor pois testemunharam o atropelamento.
À Brigada Militar, o motorista do carro, Rodrigo Becher Bonato, afirmou que levava sua filha à escola pela Júlio Calegari. Rodrigo relatou que Ariele "saiu correndo para cruzar a rua" e ele não teve como evitar o acidente. O homem permaneceu no local do acidente e realizou o teste do bafômetro, comprovando que não ingerira bebida alcoólica.
Os pais da jovem, porém, apresentam outra versão. Segundo Mário, Ariele não atravessava a rua. Ela teria apenas parado na calçada, com um pé no meio-fio e outro na rua. Nesse momento, o veículo teria atingido ela e a arrastado por alguns metros.
Naquela manhã, Ariele acompanhava os pais que trabalham no transporte de estudantes. A garota desembarcou da van da família, estacionada do outro lado da rua, para conversar com uma professora de uma escolinha em frente. O acidente aconteceu no momento em que ela tentava retornar para o veículo dos pais.
- Ela foi apenas dar um oi para a professora e voltou. Apenas colocou um dos pés na rua para olhar o movimento de carros quando foi atropelada. Ela não estava atravessando a rua - garante Mário, que aguardava dentro da van.
A delegada Suely Rech, responsável pelo caso, aguarda o resultado de perícias realizadas no veículo para tentar determinar se a velocidade do veículo era compatível com a via. A partir dos laudos e dos depoimentos formais, ela prosseguirá com a investigação.
A advogada dos pais de Ariele, Luciane Lopes, pedirá à Secretaria Municipal de Trânsito reforço na sinalização e dispositivo de segurança para pedestres na Rua Júlio Calegari.
- Faço um apelo para que as condições daquela rua não provoquem mais vítimas. Vou encaminhar o ofício nos próximos dias - diz Luciane.