A ex-ministra da Casa Civil no governo Lula, Erenice Guerra, teria atuado em parceria com José Ricardo da Silva, um integrante do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) suspeito de liderar operação de recolhimento de propina, publicou nesta sexta-feira a revista Veja.
Segundo a reportagem, a Polícia Federal teria encontrado, durante as investigações, documentos que revelam sociedade de ambos na defesa de interesses da multinacional chinesa de telecomunicações Huawei.
Um dos documentos é um contrato firmado entre Erenice e o braço brasileiro da Huawei, no qual a ex-ministra se comprometeria a prestar "serviços profissionais relativos à defesa fiscal da contratante no âmbito da Administração Tributária Federal". Ricardo da Silva também aparece no documento. De acordo com a Veja, a Huawei discute junto ao Carf um débito tributário de R$ 705,5 milhões - Erenice, segundo o contrato, receberia 1,5% do valor em caso de êxito no processo, o que corresponderia a R$ 10,5 milhões.