
A sessão da CPI da Petrobras que ouviu o tesoureiro petista João Vaccari Neto, terminou após quase oito horas de duração. Durante a reunião, que começou às 10h e foi marcada por ratos no plenário, Vaccari afirmou que o PT não está envolvido no esquema de corrupção que envolve a estatal. Ele repetiu que "não são verdadeiras" as declarações que o envolvem feitas nas delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do ex-gerente da estatal Pedro Barusco.
Questionado pelo deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), o petista disse que recebe um salário como dirigente do PT, mas não quis revelar o valor:
- Sou remunerado pelo PT, o valor faz parte do sigilo do meu imposto de renda - respondeu.
Veja como foi o depoimento de Vaccari
Quando o deputado Delegado Waldir tomou a palavra e fez críticas abertas ao PT, o bate-boca foi generalizado. Ele acusou Vaccari de ser "o maior criminoso do mundo", e perguntou ao tesoureiro:
- O senhor quer entrar para o Guinness Book?
Antes da uma pausa na sessão da CPI, o tesoureiro rebateu o deputado Efraim Filho (DEM-PB), que o criticou pessoalmente e disse que testemunha é prova, sim.
- Delação não é prova. Eu não aceito as ofensas que o senhor fez à minha pessoa - disse.
Deputados ficaram incomodados com a falta de respostas de Vaccari a algumas perguntas primordiais, como sua relação com Youssef e por que ele teria comparecido ao escritório do delator.
Quase no fim da reunião, a deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO) perguntou a Vaccari se ele se submeteria a um detector de mentiras. Ele afirmou que está à disposição da justiça.
Veja imagens da confusão causada pelos ratos no salão da Câmara:
*Zero Hora e Estadão Conteúdo