
O promotor Mauro Rochenbach falou, na manhã desta quarta-feira, sobre a nova etapa da Operação Leite Compen$ado, deflagrada no norte do Estado. Rochenbach desabafou sobre a investigação envolvendo o superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Rio Grande do Sul (Mapa), Francisco Signor, pela Polícia Federal, que foi afastado do cargo após a operação. As informações são do blog Caso de Polícia.
- Hoje, me sinto aliviado pelos problemas que enfrentei na condução dos trabalhos em relação à conduta do superintendente. Porque nos foi passado que ele avisava os alvos da investigação. É um sentimento de derrota e desistência quando alguém de um órgão parceiro é suspeito de vazamento de informações - desabafou o promotor.
Conforme apontou a Operação Semilla, da Polícia Federal, o grupo - que seria liderado por Signor - teria beneficiado empresas do setor agropecuário por meio da redução de multas, agilização de procedimentos de liberação e aviso prévio de fiscalizações.
Rochenbach disse que, em dois anos de atuação, várias vezes, informações sigilosas chegaram aos envolvidos na fraude do leite. Segundo ele, muitas ações também foram trancadas por parte da superintendência, sem um motivo aparente.
Neste período, Rochenbach afirma que chegou a ter vontade de abandonar o trabalho, devido ao prejuízo que, segundo ele, teria sido causado por Francisco Signor.
O promotor da Defesa do Consumidor, Alcindo Bastos, também desabafou e reclamou das restrições impostas, além das suspeitas levantadas sobre o superintendente do Mapa.
- Era um entrave. Os fiscais do Mapa nos passavam as angústias que tinham e as represálias que sofriam. Isso incluía prejuízo à fiscalização - afirmou Bastos.
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