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O Governo Federal vai passar para empresas a concessão de obras de rodovias, pontes, portos, aeroportos e ferrovias. O anúncio do pacote está confirmado para o mês de junho como forma de compensar os cortes de verba que os ministérios sofrerão a partir desta semana. É uma forma de fechar canteiros já abertos e honrar compromissos já firmados com a população e os Estados. Na quinta-feira, será anunciado o contingenciamento do orçamento da União, que pode chegar aos R$ 80 bilhões. A informação é do blog Cenário Político, da Rádio Gaúcha.
A boa notícia vem dos bastidores. Um ministro próximo a presidente Dilma disse que as manifestações de interesse de grandes empresas, principalmente estrangeiras, em entrar na disputa pelas concessões e com altas ofertas, superam as expectativas do governo, que trabalha na finalização de um novo modelo para favorecer a entrada de companhias de fora ou com capital misto.
Enquanto o Planalto prepara a tesourada, já faz alguns meses que ministérios vêm se preparando para trabalhar com receita menor. Tem ministro fazendo listas de projetos e programas que devem continuar recebendo recursos federais e daqueles que precisarão esperar. Alguns titulares de pastas que mantém programas sociais, como o Esporte que sofrerá corte de 40%, estudam maneiras de como não causar impacto negativo na área assistencial.
Mas tudo isso vai depender de como o Senado receberá, a partir desta terça-feira, as medidas de ajuste fiscal já aprovadas pela Câmara. O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), disse após reunião da equipe de coordenação política do Planalto que o percentual de aprovação do pacote de ajuste será diretamente proporcional ao dos cortes.
A relação estremecida entre Dilma e o presidente do Congresso Renan Calheiros também preocupa o governo. A primeira Medida Provisória (MP) a entrar na pauta dos senadores é a que enrijece a lei para concessão do seguro desemprego. Na Câmara ainda faltam uma MP e um projeto para completar o pacote fiscal.
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