Os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) se aproximavam, nesta sexta-feira, da joia arqueológica de Palmira, no deserto sírio, enquanto no Iraque se apoderaram da maior parte de Ramadi, a capital provincial no oeste do país.
- Os jihadistas estão agora a um quilômetro do sítio arqueológico de Palmira - afirmou Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com sede na Grã-Bretanha.
- O regime enviou reforços à cidade e a aviação está bombardeando os arredores de Tadmor, o nome da cidade em árabe - acrescentou.
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O sítio arqueológico, conhecido por suas colunas romanas e suas torres funerárias, encontra-se no sul da cidade de Palmira.
- Estamos muito preocupados - afirmou nesta sexta-feira a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, em Beirute, que inscreveu em 1980 o sítio na lista do patrimônio da Humanidade.
- Monitoramos a situação porque é um sítio antigo romano, de muito valor - acrescentou, depois de renovar seu pedido a todas as partes para que respeitem o local.
Segundo o OSDH, os combates se desenrolam ao norte, no leste e no sul da cidade, e neles 138 combatentes morreram, entre eles 73 soldados e 65 jihadistas.
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Nos povoados situados perto de Palmira, dos quais o exército se retirou, o EI também executou 26 civis, dez deles por decapitação, por colaboração com o regime, segundo o OSDH.
O governador da província de Homs (centro), da qual este oásis em pleno deserto forma parte, afirmou que a situação está sob controle.
- O exército enviou reforços e a aviação está bombardeando posições do EI - indicou Talal Barazi.
Nos últimos dias, o EI tomou todos os postos do exército situados na estrada entre Palmira e a localidade de Al-Sujna, a 80 km.
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O diretor de Antiguidades e dos museus sírios, Maamun Abdelkarim, convocou a comunidade internacional a se mobilizar para impedir uma eventual destruição de Palmira, o que seria uma catástrofe internacional, disse.
Há mais de um mês combatentes do EI apareceram em um vídeo destruindo no Iraque o sítio arqueológico de Nimrod.
Palmira foi um importante foco cultural do mundo antigo, e se desenvolveu com força após a conquista romana no século I a.C.
Sua lendária rainha, Zenobia, se opôs ao domínio romano, e séculos depois a região se converteu em uma etapa chave da histórica Rota da Seda, que levava mercadorias do Extremo Oriente à Europa.
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