O PT conseguiu o apoio de deputados de outros cinco partidos para acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a constitucionalização do financiamento empresarial a partidos. O tema foi aprovado na noite dessa quarta, no âmbito da reforma política e, agora, um pedido de anulação da votação será feito por meio de um mandado de segurança requerido por 63 parlamentares do PCdoB, PSB, PPS, PROS, PSOL, além do PT.
Os signatários da ação entregarão uma procuração a três integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que eles protocolem o mandado no STF.
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- Nós todos estávamos inconformados e procuramos a OAB para fazer essa parceria - disse o líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ).
A decisão sobre a ação rachou a bancada do PT, com parte dos deputados da legenda contra o mandado de segurança. Diante da resistência, o caminho adotado pelos petistas favoráveis à anulação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC), aprovada ontem, incluindo na Constituição o financiamento empresarial, foi costurar um acordo com integrantes de outras legendas para que o pedido de intervenção do STF tive um pesos pluripartidário.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afirmou que a decisão do PT de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a aprovação "não faz muita diferença".
- Já tem uns 50 (mandados de segurança) que eles (PT) entraram lá e vai ser o 51º. Não faz muita diferença - disse Cunha.
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