O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), disse na tarde desta quarta-feira, que espera mais votos favoráveis de sua bancada à Medida Provisória (MP) 664, que muda o sistema de concessão de pensão por morte e auxílio-doença. Para o peemedebista, a bancada compreende que o pacote de ajuste fiscal é algo necessário, "apesar de ser amargo".
- A tese é a mesma da semana passada: vamos votando o ajuste pela necessidade que o País passa de ter uma "rearrumação" em sua área econômica. Estamos dando um voto de credibilidade e de confiança ao ministro da Fazenda (Joaquim Levy) - afirmou.
O partido não deve apresentar destaques à MP, "salvo na necessidade de corrigir uma distorção grave".
Assim como no PMDB, Picciani disse esperar que o número de votos pró-governo também aumente entre a bancada petista. Na semana passada, durante a votação da MP 665 (que restringe regras de concessão do seguro-desemprego e abono salarial), o PMDB deu 50 votos de apoio, 13 contra e três deputados se ausentaram. Já o PT deu 54 votos a favor, um contra e houve nove ausências.
O líder do PMDB tentou desconversar ao ser questionado sobre a possibilidade de apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permita a reeleição, no mesmo mandato, dos presidentes da Câmara e do Senado.
- Isso está muito distante, o presidente acabou de tomar posse - disse.
Picciani afirmou que não descarta a possibilidade de apresentação de uma PEC do gênero.
- Se for o desejo da maioria, vai acontecer - declarou.
