
Um homem matou nove pessoas na noite desta quarta-feira em uma igreja frequentada pela comunidade negra de Charleston, na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, informou a polícia local.
- Havia oito mortos dentro da igreja. Duas pessoas feridas foram levadas (ao hospital) e uma faleceu. No momento, temos nove vítimas fatais deste crime odioso - disse o chefe da polícia de Charleston, Gregory Mullen.
Na manhã de quinta-feira, o FBI já teria identificado o atirador como um homem branco de 21 anos chamado Dylann Roof, informou o jornal Post and Courier. Uma operação de busca que inclui a polícia local e agentes federais está em andamento para sua captura. Segundo o chefe de polícia Mullen, teria sido um crime de ódio.
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O ataque ocorreu por volta das 21h (22h no horário de Brasília), na Emanuel African Methodist Episcopal Church, uma das mais antigas igrejas da comunidade negra de Charleston. O atirador permaneceu durante quase uma hora entre os fiéis que estudavam a Bíblia na igreja, antes de abrir fogo.
A polícia de Charleston divulgou imagens do atirador, obtidas com câmeras de segurança. O suspeito aparece abandonando a igreja em uma carro.
Tensão racial toma conta da região
O crime aumenta a tensão entre brancos e negros nos Estados Unidos. Nos útlimos meses, houve diferentes casos de negros desarmados que foram mortos por polícias brancos. Os homícidios causaram protestos violentos em diversas cidades do país.
Após o tiroteio em Charleston, a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, fez um apelo aos moradores.
- Minha família e eu oramos pelas vítimas e pelos parentes afetados pela tragédia sem sentido desta noite. Enquanto ainda ignoramos os detalhes, sabemos que jamais entenderemos o que motiva uma pessoa a entrar em um dos nossos locais de oração e tirar a vida de outros - disse a governadora.
Jeb Bush, pré-candidato republicano à Casa Branca nas eleições de 2016, que deve participar de um comício em Charlotte, na Carolina do Norte, escreveu no Twitter que "nossos pensamentos e orações estão com os indivíduos e famílias afetadas pelos trágicos fatos de Charleston".
A pré-candidata democrata Hillary Clinton, que participou na quarta-feira de um ato eleitoral na cidade, escreveu no Twitter:
- Notícias terríveis de Charleston. Meus pensamentos e minhas orações estão com vocês.