A coalizão antijihadista liderada pelos Estados Unidos expressou, nesta terça-feira, em Paris, apoio ao plano militar e político do Iraque para reconquistar seus territórios tomados pelo grupo Estado Islâmico (EI).
- É um bom plano, militar e politicamente para tentar reconquistar a província de Al-Anbar, no oeste do Iraque - declarou o subsecretário de Estado americano, Antony Blinken, após uma reunião da coalizão antijihadista para analisar sua estratégia.
- Atualmente, no Iraque, temos uma boa estratégia - considerou a autoridade americana, antes de afirmar que ela será "vencedora" se todos cumprirem suas obrigações.
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Em uma declaração conjunta, os 20 países e organizações reunidos em Paris expressaram "seu firme apoio a este plano" de emergência de Bagdá para a reconquista da estratégica provínvia de Al-Anbar.
O plano apresentado pelo primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, prevê "acelerar o apoio aos combatentes tribais da região, para que possam lutar contra o Daesh (outro nome em árabe do EI) ao lado das forças iraquianas" e "garantir que todas as forças que participam da libertação da província operem sob o comando e o controle do premier".
A "determinação é total" na luta internacional contra o grupo Estado Islâmico, "um combate que será de longo prazo", declarou por sua vez o chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, após as críticas iraquianas sobre o "fracasso" da comunidade internacional nesta guerra.
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Mais cedo, Al-Abadi denunciou uma falta de apoio ao seu país, que tenta conter há um ano o avanço dos jihadistas,
- Acredito que é um fracasso da comunidade internacional - criticou o primeiro-ministro durante uma entrevista coletiva antes do encontro da coalizão.
- Há muitas palavras, mas poucas ações - lamentou Al-Abadi, que insistiu nos problemas de seu país para conseguir armas e munições para lutar contra os jihadistas.
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O dirigente iraquiano também se mostrou preocupado com o crescente número de combatentes estrangeiros nas fileiras do EI que, segundo ele, já representam 60% dos membros do grupo.
- Devemos ter uma explicação sobre o fato de que tantos terroristas venham da Arábia Saudita, do Golfo, do Egito, da Síria, da Turquia ou dos países europeus - completou.
Após a reunião, ele ressaltou que o EI chegou ao Iraque pela Síria.
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Na declaração comum, a coalizão tomou nota "da deterioração da situação na Síria, bem como da incapacidade e ausência de vontade do regime de Bashar al-Assad para lutar contra o Daesh".
O grupo apelou para o "início imediato de um processo político inclusivo real sob os auspícios das Nações Unidas" para restaurar a paz na Síria, com a criação de um governo de transição, incluindo representantes da oposição e do regime sob um princípio endossado pela comunidade internacional, mas que nunca se materializou.
*AFP