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Grécia ainda acredita em acordo com credores para evitar calote

Comissão Europeia pode apresentar nesta segunda novas propostas para a Grécia

LOUISA GOULIAMAKI / AFP
Primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, pediu ao primeiro-ministro de Luxemburgo para conceder a Atenas um prolongamento do resgate

O comissário europeu dos Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici, afirmou que há margem para negociação entre Atenas e os seus credores e revelou que Bruxelas apresenta ainda hoje novas propostas para tentar evitar o calote grego. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, "vai indicar o caminho a seguir", afirmou Moscovici.

Atenas estava a poucos centímetros de distância de um acordo quando as conversações foram interrompidas durante o fim de semana, afirmou Moscovici.

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- Temos de continuar a dialogar - frisou, acrescentando que "a porta está sempre aberta às negociações.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, pediu ao primeiro-ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel, para reconsiderar a sua posição e conceder a Atenas um prolongamento do resgate, informou nesta segunda o jornal britânico Financial Times. O jornal publicou uma carta enviada pelo primeiro-ministro grego ao executivo luxemburguês, depois do Eurogrupo ter recusado estender o programa de ajuda a Grécia.

"Neste contexto, gostaria de pedir ao seu governo para reavaliar a sua posição sobre este assunto e apoiar a reconsideração do pedido apresentado pela Grécia aos ministros das Finanças da zona euro", escreveu Tsipras em carta, datada de domingo e endereçada ao executivo de Luxemburgo, que exerce a presidência rotativa da União Europeia a partir de quarta-feira.

O dirigente grego assegurou que esta decisão serviria para cumprir com o objetivo comum de alcançar um acordo mutuamente benéfico, ao mesmo tempo que permitiria a Grécia voltar a experimentar crescimento na zona euro e gerir de forma sustentada a dívida financeira.

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Tsipras pediu para prolongar a vigência do resgate, que expira na terça-feira, depois de anunciar a convocação de um referendo no qual os cidadãos deverão decidir sobre a proposta de acordo das instituições - Banco Central Europeu, Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional -, recusada pelo governo grego.

As negociações começarão novamente no dia 6 de julho, tendo em vista fechar um acordo imediatamente depois, seguindo a decisão do povo grego, explicou Tsipras.

A Grécia e os parceiros da zona euro terminaram as negociações no sábado, depois do anúncio por Atenas de um referendo em 5 de julho sobre propostas dos europeus referente ao programa de resgate, que termina na terça-feira.

A Grécia manteve o acordo de manter os bancos fechados até o dia 6 de julho.

Merkel está disposta a novas negociações com a Grécia após referendo

A chanceler alemã Angela Merkel afirmou que as portas para novas negociações sobre a Grécia permanecerão abertas depois do referendo que Atenas organiza no domingo sobre as medidas propostas pelos credores do país.

- Se, depois do referendo, o governo grego pedir que sejam retomadas as negociações, naturalmente não nos oporemos a isso - afirmou Merkel em coletiva de impresna em Berlim.

- Este referendo está vinculado à manutenção da Grécia no euro - acrescentou.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, por sua vez, pediu que os gregos aprovem o pacote de medidas propostas pelos credores do país no referendo que será realizado no próximo domingo.

- Pedirei ao povo grego que vote sim. Um 'não' neste referendo significaria 'dizer não à Europa' - disse Juncker.

- Não é preciso se suicidar porque tem medo da morte - acrescentou, dirigindo-se aos gregos.



*Com informações da AFP e Agência Brasil

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