
O juiz federal Sérgio Moro determinou o bloqueio de até R$ 20 milhões das contas dos presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo. Os dois foram presos nesta sexta-feira na 14ª fase da Operação Lava-Jato. O valor foi bloqueado eletronicamente para garantir eventuais ressarcimentos aos cofres públicos em caso de condenação dos investigados. O bloqueio atinge as contas mais oito investigados.
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As investigações que resultaram na 14ª fase - batizada de Operação Erga Omnes - revelam que as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez lideravam o cartel de empreiteiras que superfaturavam contratos da Petrobras.
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De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, as duas empreiteiras, no entanto, diferentemente das demais investigadas, usavam um esquema "mais sofisticado" de pagamento de propina a agentes públicos e políticos por meio de contas no exterior, o que exigiu maior aprofundamento das investigações, antes do pedido de prisão dos diretores das empresas.
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Saiba quem são os presos da Erga Omnes:
- Marcelo Odebrecht (preventiva): Presidente da Odebrecht
- Rogério Santos de Araujo (preventiva): Executivo da Odebrecht
- Márcio Faria da Silva (preventiva): Executivo da Odebrecht
- Otávio Marques de Azevedo (preventiva): Presidente da Andrade Gutierrez
- João Antônio Bernardes (preventiva): Ex-diretor da Odebrecht
- Alexandrino Alencar (temporária): Executivo da Odebrecht
- Antônio no Pedro Campelo de Souza (temporária): Executivo da Andrade Gutierrez
- Flávio Lucio Magalhães (temporária): Executivo da Andrade Gutierrez
- Cristiana Maria da Silva Jorge (temporária): Prestava consultoria para a Odebrecht
- Elton Negrão (preventiva): Executivo da Andrade Gutierrez
- César Ramos Rocha (preventiva): Executivo da Odebrecht
Teve a prisão preventiva decretada e ainda não foi preso:
- Paulo Roberto Dalmazzo (preventiva): Executivo da Odebrecht
O que dizem as empreiteiras:
Odebrecht: "A Construtora Norberto Odebrecht (CNO) confirma a operação da Polícia Federal em seus escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro, para o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Da mesma forma, alguns mandados de prisão e condução coercitiva foram emitidos. Como é de conhecimento público, a CNO entende que estes mandados são desnecessários, uma vez que a empresa e seus executivos, desde o início da operação Lava Jato, sempre estiveram à disposição das autoridades para colaborar com as investigações."
Andrade Gutierrez: "A empresa informa ainda que está colaborando com as investigações no intuito de que todos os assuntos em pauta sejam esclarecidos o mais rapidamente possível. A Andrade Gutierrez reitera, como vem fazendo desde o início das investigações, que não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados pela Operação Lava-Jato, e espera poder esclarecer todas os questionamentos da Justiça o quanto antes."
*Agência Brasil