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Quatro pessoas foram detidas após ataque na usina de gás industrial de Saint-Quentin-Fallavier, em Isère (sudeste da França), segundo a CNN. São eles: o principal suspeito, Yassin Salh, sua mulher, sua irmã e um "outro indivíduo que estava envolvido em uma organização crimonosa", disse o procurador François Molins.
Conforme Molins, uma investigação busca determinar se o Yassin Salh contou com eventuais cúmplices para cometer o ataque, que deixou dois feridos. Além disso, Yassin teria decapitado seu chefe, de 54 anos. A cabeça da vítima foi encontrada presa às grades da fábrica do grupo Air Products.
Yassin teria chegado pouco antes das 7h30min (4h30min de Brasília) à usina de gás industrial de Saint-Quentin-Fallavier, em Isère (sudeste), dirigindo um veículo utilitário, e conseguiu entrar no local.
- Ele tinha o hábito de entrar na usina para fazer entregas. Nenhum elemento permite afirmar, neste ponto da investigação, que havia um cúmplice na usina. Ele era conhecido do pessoal, que abriu a porta para ele - explicou o procurador Molins, em entrevista coletiva - completou o procurador.
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Alguns minutos mais tarde, o suspeito teria lançado seu veículo contra um dos hangares da fábrica, provocando uma explosão. O ataque aconteceu por volta das 10h (5h no horário de Brasília).
Ao chegarem ao local, os bombeiros conseguiram surpreender Yassin, tentando abrir garrafas de acetona e dominaram-no, acrescentou o procurador de Paris.
Entre 2006 e 2008, Yassin Salhi foi fichado pelos serviços de Inteligência, como um dos indivíduos que representariam uma ameaça potencial à segurança do Estado, disse François Molins, confirmando as declarações do ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.Salhi voltou a ser monitorado pela Inteligência francesa entre 2011 e 2014 por seus vínculos com o movimento salafista de Lyon, completou.
Fábrica era de grupo dos EUA
De visita em Washington, o ministro francês da Economia, Emmanuel Macron, descartou qualquer relação entre o atentado e o fato de a empresa pertencer a um grupo americano.
Que a fábrica atacada pertença ao grupo americano Air Products, "na minha opinião, não tem significação particular, a esta altura da investigação", minimizou Macron, questionado ao fim de um encontro com o secretário do Tesouro americano, Jack Lew.
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- Evidentemente, esse ponto fará parte da investigação, mas não acho que isso seja particularmente pertinente - frisou.
- Estamos muito tristes e abalados com esse ataque terrorista. Esse atentado horrível nos lembra do risco constante que pesa em nosso país, assim como em outros países amigos", desabafou Macron.
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Além do atentado na França, outras 37 pessoas foram mortas, também nesta sexta, quando um homem abriu fogo contra turistas em um hotel da estação balneária de Sussa, no leste da Tunísia. Desde 2011, o país enfrenta a ascensão da ameaça jihadista.
- Esses fatos nos lembram que estamos em uma guerra contra o fundamentalismo e o terrorismo - concluiu o ministro, apresentando suas condolências às famílias das vítimas de ambos os ataques.
O atentado ocorre quase seis meses após os ataques islâmicos em Paris contra a sede da revista satírica Charlie Hebdo e um mercado judaico, reivindicados pelo Estado Islâmico.
A fábrica de gás alvo do ataque é a multinacional Air Products. Saint-Quentin Fallavier fica em uma região industrial nas proximidades de Lyon. Confira, no mapa abaixo, a localização da cidade:
Veja fotos do ataque:
*Zero Hora e AFP