Uma medida que o governo do Estado pode adotar para enfrentar o déficit nos cofres públicos estava entre as questões abordadas por empresários que lotaram o Salão de Eventos do Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC), em Bento Gonçalves, para ouvir o governador José Ivo Sartori. O peemedebista, que garantiu que não há nada de concreto sobre o aumento de ICMS em andamento no Piratini, no entanto, não veio à Serra para abordar o tema que já incomoda os gaúchos. Sartori veio palestrar sobre o tema "Rio Grande do Sul, um Estado de frente para o futuro".
- Por enquanto não existe nada, quando nós tivermos, vamos anunciar. Isso foi apenas uma colocação pública que efetivamente a Secretaria da Fazenda pode ter seus estudos, suas organizações lá, mas evidentemente que por enquanto não existe nada - assegurou, em rápida conversa com a imprensa após a palestra.
O governador lembrou que a dívida do Estado chega a R$ 54 bilhões, e que o orçamento deste ano tem déficit projetado de R$ 5,4 bilhões.
- Não estou aqui para falar de nenhum governo que passou. Mas desde 1971 o Estado do Rio Grande do Sul teve apenas sete anos de arrecadação superior à despesa. Essa é a realidade nua e crua. Como aqui todo mundo é empresário, vocês calculem - explanou.
Sartori ainda comentou sobre a situação do Estado em relação às chuvas que voltaram a castigar após um final de semana de trégua. Ele disse que um gabinete de emergência deve ser montado. Segundo a assessoria de imprensa do governador, um decreto deve ser assinado às 16h desta segunda-feira, no Palácio Piratini.
Ao final da palestra, Sartori respondeu a cinco perguntas elaboradas por empresários associados ao CIC, entre elas, o aumento do ICMS.
