Marta Sfredo
Em uma brincadeira que circula nas redes sociais sobre a crise e os ícones da história e da mitologia grega, uma das situações é "Sócrates abre o Cicuta's Bar para faturar uns trocados". Na vida real, Sócrates Dekas, sete anos, balançava na noite deste domingo uma bandeira da Grécia, acomodado nos ombros do irmão Adonis, 18, e ao lado da mãe, Magda, 42, entre o parlamento grego e a praça Syntagma, no centro de Atenas.
Os desdobramentos da vitória do "não" na Grécia
Ministro das Finanças grego renuncia ao cargo
Como Sócrates, milhares de pessoas celebravam a vitória do "não" no plebiscito promovido pelo governo para consultar sobre uma proposta das instituições europeias que condicionava mais ajuda financeira ao país virtualmente quebrado à adoção de novas medidas de arrocho. Assim foi o domingo, com o país oscilando entre um suicídio forçado e uma alegria que não se sabe quanto tempo vai durar.