Uma mensagem para o celular do irmão alertou a família do estudante Jonas Schmitt de Labernarde, 21 anos, sobre o seu assassinato durante um assalto a ônibus quando ele seguia do curso de informática, em Porto Alegre, para a casa, na Vila Esmeralda, em Viamão, por volta das 22h de segunda.
O pai, Jairo Antônio de Labernarde, 41 anos, não consegue esquecer a imagem que ainda viu ao deparar com o ônibus da linha Fiúza parado em frente ao batalhão da Brigada Militar de Viamão:
- Meu filho ainda estava ali dentro, caído de bruços. Uma maldade que eu não sei explicar. Não consigo entender como fizeram isso a um rapaz estudioso e trabalhador como ele. Onde nós vamos parar? - desabafa o pedreiro.
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Os familiares acreditam que Jonas não tenha reagido aos quatro homens armados que faziam a limpa nos passageiros quando o coletivo passava pelo Bairro Agronomia. Desde criança, Jonas tinha apenas 40% de audição e usava um aparelho auditivo.
- O aparelho nem estava funcionando direito, ele não conseguia ouvir. Acho que se assustou quando algum assaltante tentou puxar o notebook dele. E eu tenho certeza de que ele jamais reagiria a um assalto - diz o pai.
Há dois meses e meio, Jonas havia perdido o tio, o PM da reserva Jair Batista de Labernarde, 57 anos, justamente em um assalto a um mercado em Gravataí. Na época, ele lamentou o fato do tio ter reagido aos assaltantes.
Na noite de segunda, Jonas retornava do curso técnico em informática depois de um dia inteiro de trabalho. O objetivo do rapaz era voltar à faculdade de Administração e tentar um concurso público.
Conforme a Brigada Militar, quatro homens armados embarcaram no ônibus no Bairro Partenon e, depois do crime, mandaram que o motorista parasse na esquina da Avenida Bento Gonçalves com a Rua Dolores Duran, no Bairro Agronomia, e desembarcaram. Fugiram em um Uno. O crime deverá ser investigado pela 15ª DP de Porto Alegre.
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