
Se os professores seguirem o que prevê o calendário de greve do Cpers, os estudantes da rede estadual poderão ficar sem aula nesta terça-feira. Neste dia, está prevista mais uma votação dos projetos do governo Sartori e os docentes, ao lado de outros servidores públicos, prometem ir para Assembleia Legislativa pressionar os deputados.
Como não há confirmação de quantos professores vão aderir à mobilização, a recomendação é de que os pais façam contato com as escolas dos filhos para se informar se haverá aula.
O principal projeto que pode ser votado é o que reduz os gastos com Requisições de Pequeno Valor (RPVs) - como são chamadas as dívidas de menor peso do Estado. Para que a proposta entre na pauta do dia, já que estava prevista inicialmente para o dia 7 de outubro, precisará do aval de pelo menos 37 parlamentares na reunião dos líderes de bancadas, que antecede a sessão.
- Vamos estar acompanhando desde a reunião de líderes até a votação, se o projeto entrar na pauta - afirma o presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos (Fessergs), Sérgio Arnoud.
Uma nota de repúdio divulgada pelo Movimento Unificado dos Servidores classifica como "calote" a tentativa do governo de reduzir as RPVs dos atuais 40 salários mínimos (R$ 31,5 mil) para sete salários (R$ 5,5 mil). Para o funcionalismo, a medida vai impactar principalmente na vida dos credores idosos e daqueles com doenças graves.