
Para tentar evitar a aprovação do pacote de projetos de lei do governo do Estado que deve começar a ser votado na Assembleia Legislativa nesta semana, servidores públicos montaram acampamento em frente à Assembleia Legislativa nesta terça-feira.
Desde as 5h30min, pelo menos 10 barracas ocupam a Praça da Matriz. Sindicatos e entidades também montaram estruturas no local.
- Vamos manter o acampamento enquanto for necessário, intensificando a pressão dentro da assembleia nas terças e quartas-feiras, que são dias de votação - explica o presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado (Fessergs), Ségio Arnoud.
Junto ao acampamento, foram penduradas bandeiras de diferentes entidades e cartazes chamando a presidente Dilma Rousseff e o governador José Ivo Sartori de "inimigos dos trabalhadores", com críticas às medidas de ajuste fiscal.
Além de acompanhar as votações, os servidores estão articulando os núcleos do interior do Estado para pressionarem os representantes aos fins de semana. A intenção é derrubar projetos de lei como o que modifica as regras para a previdência dos servidores públicos e também com pautas mais específicas, como o PL 169, que altera as regras de gestão do ensino.
- O projeto em si é um horror, um monstrengo. Ele tem um ponto crítico, que é modificar o sistema de eleição: em vez de chapas, passariam a ser eleitos só os diretores. Isso gera conflitos. Queremos transparência - disse a presidente do Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato), Helenir Schürer.
Segundo Helenir, o sindicato estuda entrar na Justiça caso o PL seja aprovado na Assembleia. Assim como os servidores da área da segurança pública, os funcionários da educação estenderão a paralisação iniciada na semana passada até sexta-feira, data em que está previsto o pagamento da segunda parcela do salário do funcionalismo estadual.
Servidores de outras áreas retomarão suas atividades, mas com restrições, conforme a Fessergs.