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A presidente Dilma Rousseff quer esperar o retorno ao Brasil do vice Michel Temer e de seis ministros que estão com ele no Exterior para definir a redução do números de ministérios. Atualmente, a Esplanada conta com 39 pastas, e Dilma pretende cortar até dez delas. Temer é um dos principais líderes do PMDB, partido mais forte da coalização que sustenta a petista e tem hoje sete ministros.
O vice-presidente chegou no início da tarde de domingo a Moscou, na Rússia, local da primeira etapa de uma viagem de cinco dias pela Europa. Na agenda, estão planejados acordos de cooperação econômica e comercial, de energia, agricultura e defesa.
A viagem já estava programada, mas ocorre em um momento crítico para os dois governos, membros do grupo dos Brics, que também reúne Índia, China, e África do Sul. Envolvido pela crise política e pela desaceleração econômica que resultaram no rebaixamento da nota de risco e na perda do grau de investimento pela agência de ratings Standard & Poor's, o Brasil busca ampliar o comércio exterior.
Em Moscou, a delegação brasileira tem, além de Temer, que não falou com jornalistas no domingo, o ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT), a ministra da Agricultura, Katia Abreu (PMDB), o de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), o de Desenvolvimento, Armando Monteiro (PTB), o de Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB), e o da Pesca, Helder Barbalho (PMDB). Questionado se a viagem não representa ao vice-presidente uma oportunidade para se apresentar à comunidade internacional, um diplomata disse não ver oportunismo.
Entre os compromissos da delegação em Moscou estão o encontro com Sergei Naryshkin, presidente da Câmara de Deputados da Rússia, nesta segunda-feira e a 7ª Reunião da Comissão de Alto Nível de Brasil e Rússia na próxima quarta-feira, quando Temer terá encontro com o primeiro-ministro e ex-presidente russo Dmitri Medvedev.
Já na terça-feira, o destaque da agenda é o Fórum Empresarial Brasil-Rússia. Depois de Moscou, a delegação brasileira segue para Varsóvia, na Polônia.
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