Não é a primeira e quem dera fosse a última enchente. No Vale do Caí, o rio que dá nome à região costuma ameaçar os moradores cerca de duas vezes ao ano. Basta chover acima da média que a população ribeirinha entra em estado de alerta - e parte tem que deixar suas casas, o que acontece desde a noite do último domingo.
Alguns conseguem investir em melhorias, como o aposentado Afonso Antunes da Silva, 75 anos, que construiu um segundo andar na casa para afastar do nível da água os pertences.
"Não quero perder tudo de novo", diz morador de Montenegro
Nível dos rios se estabiliza, mas número de desabrigados aumenta
Outros, como o casal Aristídes e Maria Lacau, de 68 e 63 anos, respectivamente, são obrigados a levantar do chão todos os móveis e revirar a casa para evitar perder o que conquistaram.
Já a dona de casa Lilian Cristina Boos, 25 anos, é parte de uma estatística mais difícil: teve que ir, junto com os dois filhos, a mãe e o irmão, para o abrigo público, instalado junto ao Parque Centenário.