
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta sexta-feira que ainda não teve acesso a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, autorizando abertura de inquérito contra ele e o novo pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando o bloqueio de duas contas bancárias na Suíça atribuídas a ele. O peemedebista preferiu não comentar os desdobramentos de seu processo.
- Não tive acesso a nada. Falarei por nota e meu advogado responderá o que for necessário no tempo que tiver acesso - disse à reportagem.
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Cunha, que deixou Brasília na manhã desta sexta e deve passar o fim de semana no Rio de Janeiro, deve divulgar uma nota à imprensa nas próximas horas.
Na quinta-feira, ao autorizar a abertura de inquérito contra o parlamentar, sua mulher Cláudia Cruz e uma de suas filhas, o ministro Teori Zavascki recomendou que a atuação do Ministério Público e das autoridades policiais "se desenvolva de forma harmoniosa" e que vise "a busca da verdade a respeito dos fatos investigados, pelo modo mais eficiente e seguro em tempo mais breve possível".
Nesta sexta, a PGR pediu ao STF um novo bloqueio de duas contas bancárias mantidas no Banco Julius Bäer atribuídas ao presidente da Câmara. Uma das contas está em nome de Cláudia Cruz. A PGR diz que em 12 anos, a evolução patrimonial do peemedebista foi de 214%.
Também nesta sexta, a Rede Globo veiculou uma reportagem informando que o Ministério Público da Suíça enviou à Procuradoria Geral da República (PGR) uma série de documentos que comprovariam que é de Cunha a titularidade de conta naquele país, entre eles a cópia do passaporte e da assinatura do deputado em cadastro do banco.
Assinatura de Cunha na conta bancária registrada na Suíça em nome da offshore Orion SP
Reprodução/Rede Globo

*Estadão Conteúdo