
O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu habeas corpus para libertação do executivo Alexandrino Alencar, ex-diretor de Relações Internacionais da Odebrecht, preso preventivamente desde junho e réu na Operação Lava-Jato por corrupção.
Segundo o advogado de Alexandrino, Augusto Botelho, a decisão foi concedida pelo ministro Teori Zavascki. A expectativa é de que o executivo seja liberado ainda nesta sexta-feira. O ex-diretor foi preso no dia 19 de junho, junto com o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outros dois diretores da empresa.
Apontado pela PF como lobista da empreiteira e responsável pelas doações eleitorais da Odebrecht, o executivo teve intensa atuação no Rio Grande do Sul e chegou a morar em Porto Alegre. Na época, era vice-presidente de Relações Institucionais da Braskem, principal empresa do polo petroquímico de Triunfo. Por conta de sua atuação no meio empresaria, integra as diretorias do sistema Fiergs/Ciergs, que representa as indústrias no Estado, e da Federasul, entidade ligada ao comércio e aos serviços.
De acordo com a Polícia Federal, ele relatou em depoimento encontros na sede da empreiteira com o braço direito de Alberto Youssef, Rafael Ângulo Lopez, e reuniões em hotéis de São Paulo com o ex-deputado José Janene (PP/PR).
Ainda segundo a Polícia Federal, no relatório final de interceptação telefônica da 14ª fase da Lava-Jato - que prendeu os executivos da Odebrecht -, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com Alexandrino no dia 15 de junho, quatro dias antes de o executivo ser preso. De acordo com o relatório, Lula estaria preocupado com "assuntos BNDES".
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