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Gisele Loeblein: Cesa entre a cruz e a espada

Governo estadual precisa definir caminho para companhia de armazenamento

Gisele Loeblein

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Passivos e dívidas, especialmente trabalhistas, são calcanhar de aquiles da Cesa

No embate de forças entre quem defende o fechamento e quem busca alternativas para viabilizar a manutenção da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), o governo precisará definir qual caminho seguir.

- Apresentamos o que tem de ser feito, foi uma avaliação técnica. Estamos aguardando um retorno - afirma Lúcio do Prado, diretor técnico e comercial da Cesa.

O dirigente estima que a resposta saia até o final deste ano e defende a manutenção da companhia, com alguns ajustes, até pela "função social que exerce". Cita como exemplo a unidade de Garibaldi, que responde por quase 50% da armazenagem do município da Serra.

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Entre as propostas, está a de venda de unidades desativadas (Caxias do Sul, Nova Prata, Passo Fundo, Estação e Santa Bárbara do Sul), algo que já se tentou anteriormente. Só a unidade de Passo Fundo, avaliada em R$ 21 milhões, foi colocada à venda três vezes. Em nenhuma teve compradores interessados. A de Caxias do Sul segue em negociação com o BRDE - com quem a estatal tem dívida.

Onde a Cesa é importante, promete vingar. Seria o caso de Rio Grande, Porto Alegre e Estrela. Para as demais estruturas, a ideia é apostar em parcerias público-privadas, para as quais a Cesa garante que existem várias propostas de cooperativas e cerealistas.

Na última semana, a entidade ganhou uma pequena injeção de ânimo. A estrutura de Capão do Leão recebeu novamente o cadastro geral do Ministério da Agricultura, ou seja, voltou a ser incluída na lista de unidades de armazenagem habilitadas a receber carga para exportação.

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A obra do tombador hidráulico, anunciada em 2013, foi concluída, e o equipamento, que agiliza a descarga de grãos, poderá estar funcionando dentro de 40 dias, se a empresa contratada para instalar a correia transportadora cumprir os prazos.

O grande calcanhar de aquiles da Cesa, no entanto, continua sendo os passivos e as dívidas, em especial as de ações trabalhistas. A Procuradoria-Geral do Estado está colocando uma lupa sobre os casos. Nem a receita superior à despesa, agora, é capaz de diluir o custo dessas dívidas - uma ação trabalhista de R$ 150 milhões estaria por bater à porta da estatal.

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