A investigação policial que apura o espancamento do motorista do Uber Bráulio Pelegrini Escobar aponta que taxistas estão armando ciladas para combater a concorrência. Eles chamam corridas e pedem para rodar por trechos onde existem blitze da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). O objetivo é fazer com que o carro do Uber seja apreendido e o motorista multado em R$ 6 mil.
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Conforme o delegado Rodrigo Garcia, da 1ª Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa, desde que o Uber começou a operar em Porto Alegre, seis veículos a serviço da empresa já foram recolhidos e os condutores autuados, sendo que em três oportunidades, o passageiro era um taxista que já foi identificado e será chamado para depor.
- É uma manobra que estão fazendo para causar prejuízo ao Uber. No caso da agressão, a ideia era a mesma, mas o motorista (Escobar) chegou atrasado na blitz - afirma Garcia.
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Conforme o delegado, Escobar, ao saber do itinerário solicitado pelo passageiro, o taxista Cauê Cavalheiro Varella, parou o veículo e se negou a seguir o roteiro pela Avenida Protásio Alves porque sabia que cruzaria por uma barreira da EPTC.
- O Cauê ficou nervoso, insistiu para passar por lá para pegar um amigo que carregava uma mala pesada, e o motorista concordou - afirma o delegado.
Mas o tempo que ficaram parados foi o suficiente para um atraso inesperado por Varella. Quando chegaram ao local, a barreira estava terminando. Varella tentou chamar atenção dos agentes da EPTC, mas ninguém percebeu. Um homem, até agora não identificado, estava à espera de Cauê e embarcou no carro do Uber.
Como a cilada falhou, decidiram rodar pela cidade com Escobar até parar perto de um ponto de táxi no estacionamento do hipermercado Carrefour, na Avenida Bento Gonçalves. Ali, ocorreram as agressões, com a participação de Cauê e de Alexsandro dos Santos Scheffer, taxista daquele ponto que estava de folga e conversava com colegas. Varerlla e Scheffer estão presos sob suspeita de tentativa de homicídio.
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