
Deputados petistas desistiram, nesta quinta-feira, de uma das ações que questionam no Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O anúncio ocorreu após o caso ter sido distribuído por sorteio para o ministro Gilmar Mendes - conhecido por fazer críticas aos governos do PT e a esquemas de corrupção deflagrados nos últimos anos.
Mendes também havia votado pela reabertura de uma das ações de investigação da campanha eleitoral de Dilma que tramitam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O mandado de segurança do qual o PT abriu mão foi protocolado pelos deputados Paulo Teixeira (SP), Wadih Damous (RJ) e Paulo Pimenta (RS) e acusava Cunha de ter agido por meio de "chantagem explícita" contra o Palácio do Planalto para abrir o procedimento de impeachment.
Os petistas anunciaram, entretanto, que pretendem reapresentar no STF o mandado de segurança. O vice-líder do governo, Paulo Teixeira, explicou que o objetivo é atualizar o pedido com as declarações dadas por Cunha nesta quinta-feira. Mais cedo, o presidente da Câmara acusou o governo de tentar barganhar a aprovação da CPMF em troca de votos favoráveis a ele no Conselho de Ética.
Além de Teixeira, os deputados do PT Wadih Damous (RJ) e Paulo Pimenta (RS) acreditam que, com o novo protocolo, o mandado de segurança será submetido a novo sorteio.
- Entendemos que a peça está incompleta - argumentou Teixeira.
O STF tem até o momento duas ações do PCdoB que questionam a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Uma delas foi proposta pelo PCdoB enquanto partido e a segunda pelo deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA).