
Inscrito para falar na sessão extraordinária da Assembleia, que começou, nesta segunda-feira, a votação de projetos polêmicos do Executivo, o deputado Mario Jardel (PSD) usou a tribuna para pedir a confiança de seus eleitores e dizer que vai esclarecer as recentes acusações contra ele. Jardel não falou sobre a pauta de propostas que estão sendo analisadas.
– Sempre votei e votarei com a minha consciência – disse ele em um dos trechos, referindo-se à suspeita de que teria trocado votos a favor do governo por cargos. – Estou começando errado, mas posso melhorar – acrescentou.
Na semana passada, o corregedor-geral da Assembleia, Marlon Santos (PDT), recomendou a cassação do parlamentar. Marlon pediu a cassação do ex-atleta por falta de decoro parlamentar, por improbidade administrativa e por financiamento e associação ao tráfico.
Corregedor recomenda cassação de Jardel por quebra de decoro
Peritos não encontram escutas, e Jardel pode voltar ao gabinete
A partir do relatório de Marlon, a Comissão de Ética vai instaurar, em 3 de fevereiro, uma subcomissão, composta por três integrantes do colegiado, que terá 10 sessões legislativas (cerca de um mês) para elaborar um novo documento propondo arquivamento da denúncia, perda ou suspensão temporária do mandato do deputado.
Depois, o relatório será votado pela comissão e, se aprovado, será encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Lá, os parlamentares terão outras cinco sessões para votar o relatório, que, sendo aprovado, vai a julgamento no plenário.
*Zero Hora