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No Hotel Sheraton, em Porto Alegre, o vice-presidente, Michel Temer, voltou, nesta quinta-feira, a falar do encontro que teve com a presidente Dilma Rousseff. Segundo o peemedebista, os "ponteiros" foram acertados entre os dois depois do vazamento da carta que ele mandou à petista.
Em seu primeiro pronunciamento público sobre o texto enviado à presidente, ele afirmou que "é uma coisa superada" e que agora é preciso se preocupar em restabelecer no Brasil um clima de otimismo em relação ao futuro.
– A harmonia entre os poderes é mais importante do que a independência de cada um – ressaltou, pregando a reunificação do governo.
No evento desta quinta-feira, onde estava presente também o ex-ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, ficou evidenciada a amizade do presidente em exercício – Dilma está na Argentina acompanhando a posse do novo presidente do país, Mauricio Macri – com o seu correligionários, que define Temer como companheiro e amigo.
Michel, como Padilha se refere ao vice-presidente, é, segundo o ex-ministro, "um homem que fala pouco e ouve muito, cortou o corpo e mostrou o coração", referindo-se ao documento. Padilha voltou a apontar a versão do vice-presidente de que o Planalto foi quem vazou a carta. Segundo o ex-ministro, Temer só divulgou a íntegra para um jornalista de confiança depois de a imprensa divulgar trechos do texto.
Temer foi convidado para palestrar a políticos e empresários convidados no ciclo de debates "Brasil de Ideias", promovido pela revista Voto. Ele foi agraciado com o mérito Revista Voto pelo trabalho em defesa da democracia.
O peemedebista saiu de Brasília com mais de uma hora de atraso e desembarcou na base aérea de Canoas no início da tarde. De lá, seguiu direto para o Hotel Sheraton. Em seguida, Temer seguiu para um encontro com o governador José Ivo Sartori, no Palácio Piratini. A conjuntura atual do país será o tema da conversa.
* Zero Hora