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A Petrobras reduziu em US$ 32 bilhões sua previsão de investimentos no período entre 2015-2019, para o total de US$ 98,4 bilhões, informou nesta terça-feira a estatal. O montante previsto inicialmente no Plano de Negócios e Gestão (PGN) 2015-2019 era de US$ 130,3 bilhões. A redução, segundo a empresa, decorre da otimização do portfólio de projetos (US$ 21,2 bilhões) e do efeito cambial (US$ 10,7 bilhões).
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa detalha que do total previsto até 2019, a maior parte será destinada à área de Exploração e Produção, que receberá 81% do investimento projetado, ou US$ 80 bilhões.
O segmento de Abastecimento ficará com 11% dos investimentos previstos, o equivalente a US$ 10,9 bilhões. Já o segmento de Gás e Energia receberá 6% da verba, ou US$ 5,4 bilhões, enquanto demais áreas receberão US$ 2,1 bilhões.
A empresa detalha ainda que no ano de 2015 os investimentos devem somar US$ 23 bilhões e cair para US$ 20 bilhões em 2016.
Gastos e desinvestimentos
A empresa informa também suas projeções de gastos operacionais gerenciáveis. A realização prevista para 2015 permanece em US$ 29 bilhões e a programação para 2016 está sendo revista no âmbito do detalhamento do orçamento anual em curso. A previsão inicial era de que os gastos operacionais gerenciáveis somassem US$ 21 bilhões em 2016.
Os desinvestimentos da estatal para o biênio 2015-2016 foram mantidos em US$ 15,1 bilhões, tendo atingido o montante de US$ 700 milhões em 2015.
Os ajustes no Plano de Negócios e Gestão 2015-2019 refletem novas premissas da Petrobras em relação ao Brent e ao câmbio. Para 2016, a estatal projeta um Brent médio de US$ 45 o barril e um dólar a R$ 4,06.
A princípio, o PNG 2015-2019 considerava um Brent de US$ 70 o barril, número revisado para US$ 55 por barril em outubro passado. No caso do dólar, o número inicial, de R$ 3,26, já havia sido revisado para R$ 3,80 em outubro
Câmbio e petróleo
A Petrobras revisou as projeções para o câmbio e para o petróleo. A companhia agora trabalha com uma estimativa de Brent com um valor médio de US$ 45 por barril em 2016. Inicialmente, o PNG 2015-2019 considerava um valor de US$ 70 por barril neste ano, número que havia sido revisado para US$ 55 o barril em outubro passado.
O cenário menos favorável do petróleo Brent ocorreu também em 2015, quando o preço médio ficou em US$ 52 por barril, segundo a estatal. A princípio, a Petrobras esperava uma cotação média de US$ 60 por barril em 2015, número reduzido para US$ 55 o barril em outubro passado.
As projeções da estatal para o câmbio também foram revisadas. O número estimado para 2016 foi elevado para R$ 4,06, de R$ 3,80 em outubro passado.
A expectativa da Petrobras para a relação entre dólar e real já havia sido revisada em relação à previsão inicial, que era de R$ 3,26.
Ações na Bolsa
Nesta terça-feira, as ações da Petrobras são negociadas no menor valor em 11 anos. As ações preferenciais (aquelas que conferem ao titular prioridades na distribuição de dividendo) mostravam queda de 3,83%, cotadas a R$ 5,83. As ordinárias (ações que conferem ao titular os direitos essenciais do acionista, como participação nos resultados da companhia e direito a voto nas assembleias da empresa) caíam 3,56%, a R$ 7,29, com agentes analisando a redução do plano de investimentos da companhia e atentos à volatilidade dos preços do petróleo.
Segundo dados da provedora de informações financeiras Economatica, desde maio de 2004 as ações da Petrobras não eram negociadas abaixo de R$ 6.