Os vizinhos não chegaram a ouvir barulhos ou discussões no começo da madrugada de quarta. Alguns, com mais intimidade com a família, até estranharam o silêncio. Até serem surpreendidos pelas luzes das sirenes que tomaram o acesso A da Rua Millo Raffin, Bairro Mario Quintana, na Zona Norte da Capital. Era o fim trágico para um longo histórico de violência doméstica.
Os policiais haviam sido acionados pela moradora, Gessi Franco Bueno, 64 anos. Dessa vez, não para protegê-la, como já havia acontecido em pelo menos cinco ocasiões nos últimos anos, mas para constatarem o assassinato do marido, Josino de Souza Bueno, 69 anos, a golpes de marreta na cabeça. Ele estava caído ao lado da cama de casal e uma grande mancha de sangue permanecia sobre o colchão.
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Gessi confessou o crime que engrossou preocupantes números em um Carnaval nada alegre. Conforme o levantamento do Diário Gaúcho, a violência dos dias que deveriam ser de folia foi recorde na Região Metropolitana. Pelo menos 32 pessoas foram assassinadas entre o meio-dia de sexta e o meio-dia de quarta. Uma média de uma morte a cada quatro horas, seis assassinados por dia.
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