
O músico e técnico de som porto-alegrense Jefferson Borges Martins morreu na manhã deste domingo (28/2), vítima de um assalto no qual sofreu ferimentos de faca e não resistiu. Nego Bando, apelido pelo qual era conhecido, morava em Olinda (PE), onde foi atacado, e tinha 51 anos. O sepultamento está marcado para as 9h30min desta terça-feira (1/3), na capela J do Cemitério São Miguel e Almas. O velório será no mesmo local, a partir da meia-noite da segunda para terça-feira, horário em que o corpo deve chegar à Capital.
– As pessoas que o conheciam por lá relataram que ele estava passando por uma praça e dois adolescentes por volta de 15 anos o abordaram e, sem nenhum esboço de reação dele, o atacaram com uma arma branca. Algumas testemunhas relataram que ele realmente não reagiu – conta o filho Arriê Vasques Martins.
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Em Porto Alegre, Nego Bando foi percussionista e cantor da Tribuwudu e fez uma prestigiada carreira como técnico de som no meio do audiovisual. A trajetória musical teve início nos anos 1990, quando ajudou a formar a Banda do Dorinho – nome dado em homenagem a seu avó, que ajudava a promover os ensaios. Nos anos 2000, o grupo passou a se chamar Tribuwudu, e lançou um CD homônimo em 2003. Misturando funk, rock, samba e outros gêneros musicais, a banda era formada então por Alemão Eugênio (violão e voz), Nego Bando (percussão e voz), Robson Serafini e Bira Estivalet (guitarras), Alexandre Rosseto (baixo) e Leandro F. (bateria).
Nego Bando passo a ser conhecido como técnico de som nos anos 1990, com inúmeros trabalhos em curtas e longas para o cinema. Além disso, atuava fazendo jingles e outras peças de divulgação para eventos como o Fórum Social Mundial.
– Ele era muito engajado – relembra o diretor de fotografia Maurício Borges, amigo com quem manteve a produtora Praça de Filmes.
Nos últimos, estava morando em Olinda, onde trabalhava em projetos sociais e educacionais de música, entre outros projetos. Ele deixa os filhos Thiago, Arriê, Yluaê, e Otila.