Geral

Turbulência econômica

Nota do Brasil volta a ser rebaixada pela agência Standard & Poor's

Em comunicado, a agência afirmou esperar que entre 2016 e 2018 o deficit público seja de 7% do PIB

Agência Estado

Na nota em que informou a decisão de rebaixar mais uma vez a nota do Brasil, de BB+ para BB, a agência de classificação de risco Standard & Poor's avalia que o País deve ter mais um ano de forte contração econômica. O anúncio ocorre cinco meses depois de o país ter pedido o selo de bom pagador.

"Com o déficit do governo e a dívida líquida, respectivamente, em cerca de 7% e 60% do Produto Interno Bruto (PIB) durante o período entre 2016 e 2018 (...) acreditamos que não há mais flexibilidade política suficiente para distinguirmos entre os ratings em moeda local e estrangeira no Brasil", disse a agência em nota.

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Na mesma decisão, que ocorre cinco meses após o último rebaixamento, a S&P reduziu também o rating de longo prazo em moeda local de BBB- para BB e rebaixou o rating de curto prazo em moeda local do Brasil de A-3 para B, enquanto a nota de curto prazo em moeda estrangeira permaneceu B. O rating em escala nacional foi rebaixado de brAAA para brAA-. A perspectiva é negativa.

A nota diz ainda que os desafios políticos e econômicos enfrentados pelo Brasil continuam consideráveis e que a S&P agora espera um processo mais longo de ajuste, o que significa uma correção mais lenta na política fiscal. Segundo a agência, a perspectiva negativa reflete uma chance maior do que 1 em 3 de um novo rebaixamento do rating brasileiro. E cita como fatores negativos o risco de reversão de políticas importantes em meio à dinâmica da política brasileira, além da falta de iniciativas políticas consistentes.

A perspectiva da nota do Brasil pode ser revisada para estável "se as incertezas políticas no Brasil forem revertidas para que a execução da política seja consistente e melhore as perspectivas para o crescimento do PIB", afirmou a S&P. "Esperamos que estas melhorias possam apoiar um retomada mais rápida que leve o Brasil a sair da atual recessão, o que facilitaria a performance fiscal e daria mais espaço de manobra em meio a choques econômicos".


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