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O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nesta sexta-feira para o plenário o processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para que o caso seja incluído na pauta e o julgamento seja marcado, o que cabe ao ministro presidente, Ricardo Lewandowski, a defesa do parlamentar deverá ainda ser intimada.
Cunha é investigado em dois inquéritos no STF no âmbito da Lava-Jato e foi denunciado em agosto do ano passado pela Procuradoria-Geral da República por suspeita de recebimento de propina em contratos de compras de navios-sonda da Petrobras. De acordo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ele recebeu US$ 5 milhões de um contrato da petroleira entre 2006 e 2007. O peemedebista nega as acusações.
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Neste mesmo processo, a ex-deputada federal Solange Almeida (PMDB-RJ), atual prefeita do município fluminense de Rio Bonito, também foi denunciada por suspeita de usar o cargo na Câmara dos Deputados para atender aos interesses de Cunha no esquema de corrupção da estatal. Na defesa da ex-parlamentar ao STF, seus advogados acusam Janot de fazer ilações para justificar a ligação de Solange com Cunha.
Renan
A liberação da denúncia contra Cunha para o plenário do Supremo ocorre no mesmo dia em que o ministro Luiz Edson Fachin decidiu retirar da pauta de julgamentos a denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).
A decisão do ministro foi tomada após a defesa do peemedebista encaminhar uma petição alegando que há uma falha processual que pode afetar o julgamento pelo plenário.
No Planalto, havia a preocupação de que o processo contra Renan, aliado importante, fosse julgado antes do de Cunha, já que foi liberado primeiro, em 3 de fevereiro. As decisões dos dois ministros tomadas nesta sexta afastam do governo tal preocupação.