

Pais, alunos e professores da Escola Estadual Presidente Roosevelt realizaram, na manhã desta terça-feira, uma manifestação para cobrar mais segurança no bairro Menino Deus. A iniciativa foi tomada após um adolescente de 17 anos ser esfaqueado quando chegava à escola às 7h30min da última quinta-feira.
Portando cartazes e entoando gritos contra a falta de segurança, cerca de 60 pessoas saíram da instituição às 8h e caminharam até o Palácio Piratini.
– Não é só pelo colega esfaqueado, não temos segurança de manhã, de tarde nem de noite. Exigimos medidas – afirmou um dos alunos participantes do protesto.
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– Não é só a educação que precisa de melhorias, a segurança também precisa – acrescentou o professor de Educação Física Márcio de Freitas, que decidiu aderir à paralisação da categoria depois que o aluno foi esfaqueado.

Depois de negociarem com a Brigada Militar, os estudantes foram recebidos pelo secretário da Casa Civil, Márcio Biolchi. Na reunião de cerca de 40 minutos, o secretário prometeu falar com a BM e tentar encontrar uma solução "dentro das possibilidades do governo". Os estudantes devem ser contatados ainda hoje, com uma resposta.
O estudante de 17 anos que foi esfaqueado não compareceu ao protesto para preservar sua segurança. Ele está bem e voltou às aulas na segunda-feira.
Na manhã da última quinta-feira, na esquina das ruas Botafogo e Vicente Lopes Santos, o jovem foi atacado por um homem que tentou roubar sua mochila quando chegava à escola. Ao reagir, foi ferido com socos e esfaqueado na perna e na região das costelas. O estudante foi atendido no Hospital de Pronto Socorro e liberado no mesmo dia.