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O secretário-executivo do PMDB e ex-ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta segunda-feira que o partido "cansou de andar na garupa" e, por isso, lançará um candidato próprio na disputa presidencial de 2018. Em entrevista à Rádio Gaúcha, Padilha também avaliou os desdobramentos da convenção nacional da sigla, realizada no último sábado, e indicou um possível rompimento com o governo Dilma Rousseff.
– Onze entre 10 peemedebistas não admitem a hipótese de não termos candidatura. O PMDB cansou de andar na garupa. Quer sentar na cela e ter as rédeas na mão – explicou.
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Na convenção do último sábado, o partido definiu que não ocupará nenhum novo cargo no Executivo nos próximos 30 dias. O período, frisou Padilha, servirá para o novo diretório nacional decidir se manterá ou não a aliança com o governo. Apesar de a decisão não ter sido oficializada, o ex-ministro comentou que o PMDB deverá optar por um rumo diferente do atual.
– O partido não se sente contemplado na ação política de governo. Portanto, deverá seguir o seu caminho – salientou.
Ouça a entrevista de Eliseu Padilha:
Padilha também disse que o "PMDB não fará nada" em relação ao processo de impeachment de Dilma para que isso não afete a própria sigla, já que existe a possibilidade de o presidente peemedebista reeleito, Michel Temer, assumir o Executivo caso a petista seja destituída de seu cargo. Além disso, o ex-ministro desassociou o nome do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB- RJ), da ação:
– Quem começou foi o deputado Eduardo Cunha, mas esse processo está sendo normatizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).