Depois de 40 horas ocupando a Avenida Paulista, no centro de São Paulo, manifestantes foram retirados do local pela Polícia Militar na manhã desta sexta-feira. Com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água, a tropa de choque da PM desobstruiu a via. Não houve feridos, tampouco resistência durante a ação policial.
– A gente não queria confronto, mas a ideia era ficar até que eles viessem nos tirar – diz o empresário Vitor Oliveira, que desde às 16h de quarta-feira permanecia no local.
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Tão logo o protesto se dispersou, um grupo de manifestantes se dirigiu à Avenida 9 de Julho para continuar a mobilização. Alguns deles chegaram a interditar a via. A maior parte, porém, foi para casa descansar. Eles pretendem voltar à Avenida Paulista à noite, após a realização de um ato promovido pelo PT em apoio à presidente Dilma Rousseff.
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A PM está orientando os movimentos anti-PT a se manter distante da Paulista, com receio de confronto entre os dois grupos políticos.
– Nós vamos voltar e só vamos sair daqui quando esse governo cair. Na primeira noite, eramos 50. Ontem, 300. Agora seremos milhares – disse a estudante Ianca Kelly, com os olhos vermelhos por causa do gás lacrimogêneo.
O ato de apoiadores do governo está previsto para ocorrer às 16h, na Avenida Paulista. O esquema já foi acertado anteriormente com os agentes de segurança. O PT confirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará da mobilização.
A organização, que espera 150 mil manifestantes no ato, pede isonomia da Polícia Militar em relação ao ato de domingo, com manifestantes favoráveis ao governo Dilma Rousseff. A Frente Brasil Popular convocou atos em mais de 40 cidades.
*Zero Hora