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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta sexta-feira que será obrigado a aceitar outros nove pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff caso seja mantida a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, que determinou a abertura de processo para afastamento do vice-presidente Michel Temer.
Cunha classificou a medida como absurda e disse esperar que o Supremo julgue o recurso da Câmara contra a determinação já na próxima semana para evitar instabilidade. Segundo ele, os nove pedidos pendentes na Casa cumprem todos os requisitos para aceitação.
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De qualquer maneira, o presidente da Câmara declarou que a decisão da Corte está sendo cumprida, mas não poderá obrigar ninguém a indicar membros para o colegiado e nem a comparecer a votações.
Sobre a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma, Cunha relatou achar pouco provável que algum parlamentar queira ficar para a história como ausente à sessão.
– A ausência gera suspeição, gera dúvida sobre o caráter – observou.