
O presidente da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Rogério Rosso (PSD-DF), abriu nesta segunda-feira os trabalhos criticando os tapumes colocados neste fim de semana nas imediações da Esplanada dos Ministérios. No local, separados, manifestantes favoráveis e contrários ao governo poderão acompanhar as votações nos próximos dias.
– Cada vez que se ergue um muro se segrega um povo. Este não é um momento de dividir um país ainda mais. Nosso país sempre conseguiu superar momentos de crise sem necessidade de guerra – disse, ressaltando que o Brasil é a nação do diálogo.
Além disso, o presidente terminou a sua fala lendo a oração de São Francisco. A prece começa pedindo que seja levado o amor para onde houver ódio.
Leia mais
AO VIVO: comissão vota parecer sobre impeachment de Dilma
Veja como será a sessão na comissão especial do impeachment
Tensão marca início da votação de parecer sobre impeachment
Questão de ordem
Rosso ainda não respondeu à questão de ordem apresentada pelo deputado Alex Manente (SP) na última sexta-feira. O parlamentar defendeu que a votação na comissão seja por chamada, em ordem alfabética, no microfone.
O procedimento é o mesmo que deverá ser adotado pelo plenário da Câmara no dia da votação do pedido de impeachment da presidente. Independentemente do resultado na comissão nesta segunda-feira, o parecer será votado em plenário, onde são necessários dois terços dos votos dos 513 deputados.
Votação
O governo conta com cerca 28 votos, mas espera chegar a 30 para tentar minimizar expectativas pessimistas em relação à votação em plenário. A comissão tem 65 parlamentares titulares e o mesmo número de suplentes. Para que a votação ocorra é necessário quórum mínimo de 33 deputados.